Estamos com fome de amor.
(JORNAL O DIA - Arnaldo Jabor)
'O que temos visto por aí???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.
Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plásticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???
Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.
E não é só sexo não!
Se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia.
Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, sem se preocuparem com as posições cabalísticas.
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!", até a desesperançada: "Nasci pra viver sozinho!"; unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário.
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, famílias preconceituosas.
Alô, gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...
Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado.
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor.
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais.
Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida. E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza?
Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado. O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.
Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".
Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!
Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!'
segunda-feira, 21 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
'Valeu por você existir, amigo'
Incrível como existem pessoas que por mais que o tempo passe, elas vão sempre estar ali, né? Eu tenho a sorte grande de ter os amigos mais sensacionais do mundo. Mas nesse post, quero falar de um em especial. O que era namoradinho da infância, que virou amigão e, hoje, é irmão. Há tempos não nos falávamos, não nos encontrávamos, mesmo morando na mesma rua. Tantas coisas que não compartilhamos ao longo desse tempo todo. Nem sei quanto tempo ao certo, mais de anos que não conversávamos os dois, sozinhos. E por mais que muitas coisas tenham acontecidos em ambas às vidas, eu tinha certeza e, hoje, tive a confirmação, que nunca vamos nos deixar perder, que o carinho e o amor que foram criados por todos esses anos, serão cultivados pra todo o sempre. Hoje, foi aniversário do irmão dele e eu fui lá, cantar parabéns. Quando eu cheguei, ele não estava. Nem esperava que ele fosse chegar, mas eis que o vejo entrando pela porta. Festinha rolando. Ele, a namorada e eu conversando, coisas rotineiras, o de praxe. Risos dados. Alguns esporrinhos de leve. Parabéns cantado. Até que fui solicitada a fazer companhia pra levar a Carol, a namorada, em casa. Convite aceito. Carol entregue. Agora, sim. Mateus e Eu, Eu e Mateus. Em meio a tantas novidades, as lembranças da infância - ‘Ah, que saudade da Aurora de minha vida’-. Rimos tanto, lembramos tanto, nos zoamos tanto. Colocamos o papo quase em dia. E em meio de um pedido, fiz-lhe uma promessa e por mais que tenha sido em tom de brincadeira, quero muito cumprir. Foi muito bom saber que, apesar da ‘distância’ que nós mesmos criamos,a confiança não se perdeu e que sim, continuamos tão amigos como antes. E sabe do que mais? Eu tenho certeza absoluta disso. O amor que sinto é indescritível. É irmão. Somos verdade.
'Foi bem cedo na vida que eu procurei
Encontrar novos rumos num mundo melhor
Com você fiquei certo que jamais falhei
Pois ganhei muita força tornando maior a amizade
Nem mesmo a força do tempo irá destruir
Somos verdade
Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir'
'Foi bem cedo na vida que eu procurei
Encontrar novos rumos num mundo melhor
Com você fiquei certo que jamais falhei
Pois ganhei muita força tornando maior a amizade
Nem mesmo a força do tempo irá destruir
Somos verdade
Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir'
sábado, 12 de junho de 2010
Do trágico ao engraçado
Querer
Eu só queria parar. Parar de pensar em você, parar de só pensar em você. Parar de te querer perto. Mas ao mesmo tempo, eu quero pensar no que você tá fazendo. Só não quero pensar em quem você tá pensando. Não consigo te ver e não sentir saudade, não sentir vontade. Não consigo não pensar em você um dia sequer. Não consigo não pensar em você por uma hora. Não consigo não te querer. Mas que merda de feitiço você fez? Seja lá o que for, eu só quero reverter essa vontade que eu tenho de querer te ter, de querer ser sua. Só quero poder falar com você sem sentir vontades a mais. Mas que merda. Eu só queria te ter. Eu só queria não querer te ter. Eu só quero você. Eu só queria poder ligar o foda-se e viver sem esse querer.
-
Que pena!
É nessa hora mais só que tenho comigo mesma que penso se não pensas em mim. Não é possível que os momentos que tivemos tenham sido apagados da sua memória. Não é possível que eu tenha sido apenas um momento a mais. Na verdade, eu sei que não. Só não tens as mesmas vontades que eu. Uma pena. Uma pena, pra mim. Um penar saudoso.
-
Pequena grande mudança
Eu ando pensando tanto. Sonhando tanto. Querendo tanto. Sentindo tanto. Inegavelmente, eu estou na fase do tanto. Eu sempre fui 8 ou 80. Ou gosta, ou não gosta. Ou fala, ou não fala. Ou faz, ou não faz. Vendo pela ordem, eu acho que sempre fui mais o 8 do que o 80. Gostar, falar e fazer. Mas é lógico que fico na dúvida às vezes, mesmo não parecendo, eu sou uma pessoa como outra qualquer, que TEM sentimentos. Eu tenho focado bastante nisso, né? De ter sentimentos. É culpa do ‘tão’. A questão é que (...). Cara, esqueci -momento ‘Iiiih’ do comercial da coca-cola zero-! Agora eu me peguei rindo de mim mesma, porque eu tinha esquecido a porra da questão. Sabe quando você para, fica olhando para um lugar fixamente e pensando na morte do bezerro desmamado? Pois é, era eu. O pensamento fugiu e ao invés de eu parar e procurá-lo, aonde que quer ele tenha ido, eu decidi continuar a escrever. E se eu fosse você, eu ia me perguntar: Mas o que eu tenho a ver com isso? E com certeza, ia me responder: Nada, idiota. Tá lendo porque quer. Perdi totalmente o fio da meada. Odeio quando isso acontece. Tá, voltando em 3, 2, 1. Onde eu parei, hein? Ah, na questão. Então, a questão é: eu esqueci mesmo o que eu ia falar.
Tic, tac, tic tac (...) Dois minutos depois:
Ah, LEMBREI. A questão é, ando declinando, sabe? Não sou mais só 8 ou 80, às vezes sou 18, outro dia 48, já cheguei até ao -8. -8 foi tenso. Poucas pessoas conseguem essa proeza. Pensei, nesse exato momento, que eu não devia permitir que as pessoas me deixassem chegar ao -8, eu sou mais, meu bem -momento bebê do comercial do Fiat Uno-. Agora, vai uma dica, hein. Quer que eu passe dos 80 e fique completamente amável e sociável? Má ôe, pegadinha do malandro! Apesar de ser uma coisa ‘idiota’, eu não conto. Não sou só mais 8 ou 80, mas eu continuo na maioria das vezes no 8. Ser 8 não é uma questão de ser grossa. É só uma questão de ser prática. E simplicidade e praticidade são coisas que eu não dispenso. Na verdade, ando dispensando num determinado assunto, mas mas ... deixa pra lá. Mas sabe a conclusão que eu tirei de mim mesma? Eu ando me deixando levar. Por mais que seja pouco. Já que meus atos não são considerados livres e conscientes, perante a lei, digamos que é uma experiência, que talvez tenha êxito, ou não. Baseado no primeiro texto, eu concluo que é uma grande má experiência deixar-se levar, sem que você leve, também. Agora, se você encontrar alguém a fim de te acompanhar -me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar- não se joga, não; se taca!
-
Esses três textos foram escritos numa sessão avassaladora, produtiva, do meu cérebro com a finalidade de por minhas idéias nos seus devidos lugares. Definitivamente, escrever me faz muito bem. É uma grande terapia. De fato, podemos ver que os textos foram mudando de gênero. O primeiro é um grande drama-ama. O segundo é uma auto zoação, mas ainda meloso. E o terceiro foi aparecendo e chega a ser engraçado; muito diferente do primeiro. Tá triste, amoado, sem vontade de cantar uma linda canção? –Escreva. #ficadica
-Ah, só mais uma coisa: vocês não acham que eu tenho assistido muitos comerciais? Hahahahahaha!
Eu só queria parar. Parar de pensar em você, parar de só pensar em você. Parar de te querer perto. Mas ao mesmo tempo, eu quero pensar no que você tá fazendo. Só não quero pensar em quem você tá pensando. Não consigo te ver e não sentir saudade, não sentir vontade. Não consigo não pensar em você um dia sequer. Não consigo não pensar em você por uma hora. Não consigo não te querer. Mas que merda de feitiço você fez? Seja lá o que for, eu só quero reverter essa vontade que eu tenho de querer te ter, de querer ser sua. Só quero poder falar com você sem sentir vontades a mais. Mas que merda. Eu só queria te ter. Eu só queria não querer te ter. Eu só quero você. Eu só queria poder ligar o foda-se e viver sem esse querer.
-
Que pena!
É nessa hora mais só que tenho comigo mesma que penso se não pensas em mim. Não é possível que os momentos que tivemos tenham sido apagados da sua memória. Não é possível que eu tenha sido apenas um momento a mais. Na verdade, eu sei que não. Só não tens as mesmas vontades que eu. Uma pena. Uma pena, pra mim. Um penar saudoso.
-
Pequena grande mudança
Eu ando pensando tanto. Sonhando tanto. Querendo tanto. Sentindo tanto. Inegavelmente, eu estou na fase do tanto. Eu sempre fui 8 ou 80. Ou gosta, ou não gosta. Ou fala, ou não fala. Ou faz, ou não faz. Vendo pela ordem, eu acho que sempre fui mais o 8 do que o 80. Gostar, falar e fazer. Mas é lógico que fico na dúvida às vezes, mesmo não parecendo, eu sou uma pessoa como outra qualquer, que TEM sentimentos. Eu tenho focado bastante nisso, né? De ter sentimentos. É culpa do ‘tão’. A questão é que (...). Cara, esqueci -momento ‘Iiiih’ do comercial da coca-cola zero-! Agora eu me peguei rindo de mim mesma, porque eu tinha esquecido a porra da questão. Sabe quando você para, fica olhando para um lugar fixamente e pensando na morte do bezerro desmamado? Pois é, era eu. O pensamento fugiu e ao invés de eu parar e procurá-lo, aonde que quer ele tenha ido, eu decidi continuar a escrever. E se eu fosse você, eu ia me perguntar: Mas o que eu tenho a ver com isso? E com certeza, ia me responder: Nada, idiota. Tá lendo porque quer. Perdi totalmente o fio da meada. Odeio quando isso acontece. Tá, voltando em 3, 2, 1. Onde eu parei, hein? Ah, na questão. Então, a questão é: eu esqueci mesmo o que eu ia falar.
Tic, tac, tic tac (...) Dois minutos depois:
Ah, LEMBREI. A questão é, ando declinando, sabe? Não sou mais só 8 ou 80, às vezes sou 18, outro dia 48, já cheguei até ao -8. -8 foi tenso. Poucas pessoas conseguem essa proeza. Pensei, nesse exato momento, que eu não devia permitir que as pessoas me deixassem chegar ao -8, eu sou mais, meu bem -momento bebê do comercial do Fiat Uno-. Agora, vai uma dica, hein. Quer que eu passe dos 80 e fique completamente amável e sociável? Má ôe, pegadinha do malandro! Apesar de ser uma coisa ‘idiota’, eu não conto. Não sou só mais 8 ou 80, mas eu continuo na maioria das vezes no 8. Ser 8 não é uma questão de ser grossa. É só uma questão de ser prática. E simplicidade e praticidade são coisas que eu não dispenso. Na verdade, ando dispensando num determinado assunto, mas mas ... deixa pra lá. Mas sabe a conclusão que eu tirei de mim mesma? Eu ando me deixando levar. Por mais que seja pouco. Já que meus atos não são considerados livres e conscientes, perante a lei, digamos que é uma experiência, que talvez tenha êxito, ou não. Baseado no primeiro texto, eu concluo que é uma grande má experiência deixar-se levar, sem que você leve, também. Agora, se você encontrar alguém a fim de te acompanhar -me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar- não se joga, não; se taca!
-
Esses três textos foram escritos numa sessão avassaladora, produtiva, do meu cérebro com a finalidade de por minhas idéias nos seus devidos lugares. Definitivamente, escrever me faz muito bem. É uma grande terapia. De fato, podemos ver que os textos foram mudando de gênero. O primeiro é um grande drama-ama. O segundo é uma auto zoação, mas ainda meloso. E o terceiro foi aparecendo e chega a ser engraçado; muito diferente do primeiro. Tá triste, amoado, sem vontade de cantar uma linda canção? –Escreva. #ficadica
-Ah, só mais uma coisa: vocês não acham que eu tenho assistido muitos comerciais? Hahahahahaha!
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Dr. House
Alguns já sabem que eu amo essa série e que comecei a assisti-la esses dias. E a cada episódio assistido, eu consigo decifrá-lo mais e mais, e sim, eu me vejo um pouco nele. Não pela inteligência absurda que ele tem -não que eu seja burra, mas ele é um mito hahaha-, mas pela frieza com que ele trata os casos. E quanto mais difícil de ser resolvido, mais interessante lhe parece ser. Ele não gosta das coisas simples, mas daquelas mais complicadas, daquelas ‘estranhas’. Gosta de quebra-cabeças. Tudo bem que ele é um ogro, mas o senso de humor -negro- dele é sensacional. Ele se esconde atrás da sua inteligência e faz piadas, porque tem medo de levar as coisas a sério. Se leva as coisas a sério, elas passam a importar. E se importam, podem dar erradas e ele se machuca. Definiram-no assim, no ultimo episódio que eu vi e, eu não vejo definição melhor pra ele e pra mim, do que essa. E nós não somos duros, apenas vulneráveis ao momento. Não me acho tão dura quanto ele -há quem ache-, mas chego perto e, mesmo que não pareça, eu me importo com algumas coisas, só não demonstro e acho que ele também age assim. É como diz o Diego, eu tenho coração, só não costumo usá-lo, sempre. E há outro ponto em comum com o House, quando ele é fofo, ele é O fofo, quando eu quero ser fofa, eu sou. Ah! E outra coisa, apesar de sermos tão ranzinzas, temos amigos que nos aguentam. Eis o melhor, apesar de tudo, temos o respeito de sermos quem somos e como somos. Se bem que, às vezes, eu ainda tento ser menos grossa, a pedidos, mas já diz o ditado: ‘pau que nasce torto, morre torto’. Pelo menos, eu tento.
domingo, 6 de junho de 2010
N.E.O.Q.E.A.V
Meus avós já estavam casados há mais de cinquenta anos e continuavam jogando um jogo que haviam iniciado quando começaram a namorar. A regra do jogo era que um tinha que escrever a palavra "Neoqeav" num lugar inesperado, para o outro encontrar e assim quem a encontrasse deveria escrevê-la em outro lugar e assim sucessivamente.
Eles se revezavam deixando "Neoqeav" escrita por toda a casa, e assim que um a encontrava era sua vez de escondê-la em outro local para o outro achar. Eles escreviam "Neoqeav" com os dedos no açúcar dentro do açucareiro ou no pote de farinha para que o próximo que fosse cozinhar a achasse. Escreviam na janela embaçada pelo sereno que dava para o pátio onde minha avó nos dava pudim que ela fazia com tanto carinho.
"Neoqeav" era escrita no vapor deixado no espelho depois de um banho quente, onde a palavra iria reaparecer depois do próximo banho. Uma vez, minha avó até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico para deixar "Neoqeav" na última folha e enrolou tudo de novo. Não havia limites para onde "Neoqeav" pudesse surgir. Pedacinhos de papel com "Neoqeav" rabiscado, apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam.
Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos e deixados debaixo dos travesseiros. "Neoqeav" era escrita com os dedos na poeira sobre as prateleiras e nas cinzas da lareira. Esta misteriosa palavra tanto fazia parte da casa de meus avós, quanto da mobília. Levou bastante tempo para eu passar a entender e gostar, completamente, deste jogo que eles jogavam. Meu ceticismo nunca me deixou acreditar em um único e verdadeiro amor, que possa ser realmente puro e duradouro. Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós. Este amor era profundo. Era mais do que um jogo de diversão, era um modo de vida. Seu relacionamento era baseado em devoção e uma afeição apaixonada, igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar. O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam. Roubavam beijos um do outro sempre que se batiam um contra outro naquela cozinha tão pequena. Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro e todo dia resolviam juntos as palavras cruzadas do jornal. Minha avó cochichava para mim, dizendo o quanto meu avô era bonito, como ele havia se tornado um velho bonito e charmoso. Ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos. Antes de cada refeição eles se reverenciavam e davam graças a Deus e bençãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa, para continuarmos sempre unidos e com boa sorte. Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós: minha avó tinha câncer de mama. A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes.
Como sempre, vovô estava com ela a cada momento. Ele a confortava no quarto amarelo deles, que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse sempre rodeada da luz do sol, mesmo quando ela não tivesse forças para sair. O câncer agora estava de novo atacando seu corpo. Com a ajuda de uma bengala e a mão firme do meu avô, eles iam à igreja toda manhã. E minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que, finalmente, ela não mais podia sair de casa. Por algum tempo, meu avô resolveu ir à igreja, sozinho, rezando a Deus para zelar por sua esposa. Então, o que todos nós temíamos aconteceu. Vovó partiu. "Neoqeav"foi gravada em amarelo nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores do funeral da vovó. Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios, primos e outras pessoas da família se juntaram e ficaram ao redor da vovó pela última vez. Vovô ficou bem junto do caixão da vovó e, num suspiro bem profundo, começou a cantar para ela. Através de suas lágrimas e pesar, a música surgiu como uma canção de ninar que vinha bem de dentro de seu ser. Me sentindo muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento. Porque eu sabia que mesmo sem ainda poder entender completamente a profundeza daquele amor, eu tinha tido o privilégio de testemunhar a beleza sem igual que aquilo representava. Aposto que a esta altura você deve estar se perguntando:
"Mas o que Neoqeav significa?"
Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você = "NEOQEAV"
Encontrei essa linda estória de amor na internet e decidi compartilhá-la com vocês. Talvez seja a prova de que o amor verdadeiro ainda possa existir -ou não-.
Eles se revezavam deixando "Neoqeav" escrita por toda a casa, e assim que um a encontrava era sua vez de escondê-la em outro local para o outro achar. Eles escreviam "Neoqeav" com os dedos no açúcar dentro do açucareiro ou no pote de farinha para que o próximo que fosse cozinhar a achasse. Escreviam na janela embaçada pelo sereno que dava para o pátio onde minha avó nos dava pudim que ela fazia com tanto carinho.
"Neoqeav" era escrita no vapor deixado no espelho depois de um banho quente, onde a palavra iria reaparecer depois do próximo banho. Uma vez, minha avó até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico para deixar "Neoqeav" na última folha e enrolou tudo de novo. Não havia limites para onde "Neoqeav" pudesse surgir. Pedacinhos de papel com "Neoqeav" rabiscado, apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam.
Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos e deixados debaixo dos travesseiros. "Neoqeav" era escrita com os dedos na poeira sobre as prateleiras e nas cinzas da lareira. Esta misteriosa palavra tanto fazia parte da casa de meus avós, quanto da mobília. Levou bastante tempo para eu passar a entender e gostar, completamente, deste jogo que eles jogavam. Meu ceticismo nunca me deixou acreditar em um único e verdadeiro amor, que possa ser realmente puro e duradouro. Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós. Este amor era profundo. Era mais do que um jogo de diversão, era um modo de vida. Seu relacionamento era baseado em devoção e uma afeição apaixonada, igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar. O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam. Roubavam beijos um do outro sempre que se batiam um contra outro naquela cozinha tão pequena. Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro e todo dia resolviam juntos as palavras cruzadas do jornal. Minha avó cochichava para mim, dizendo o quanto meu avô era bonito, como ele havia se tornado um velho bonito e charmoso. Ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos. Antes de cada refeição eles se reverenciavam e davam graças a Deus e bençãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa, para continuarmos sempre unidos e com boa sorte. Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós: minha avó tinha câncer de mama. A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes.
Como sempre, vovô estava com ela a cada momento. Ele a confortava no quarto amarelo deles, que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse sempre rodeada da luz do sol, mesmo quando ela não tivesse forças para sair. O câncer agora estava de novo atacando seu corpo. Com a ajuda de uma bengala e a mão firme do meu avô, eles iam à igreja toda manhã. E minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que, finalmente, ela não mais podia sair de casa. Por algum tempo, meu avô resolveu ir à igreja, sozinho, rezando a Deus para zelar por sua esposa. Então, o que todos nós temíamos aconteceu. Vovó partiu. "Neoqeav"foi gravada em amarelo nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores do funeral da vovó. Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios, primos e outras pessoas da família se juntaram e ficaram ao redor da vovó pela última vez. Vovô ficou bem junto do caixão da vovó e, num suspiro bem profundo, começou a cantar para ela. Através de suas lágrimas e pesar, a música surgiu como uma canção de ninar que vinha bem de dentro de seu ser. Me sentindo muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento. Porque eu sabia que mesmo sem ainda poder entender completamente a profundeza daquele amor, eu tinha tido o privilégio de testemunhar a beleza sem igual que aquilo representava. Aposto que a esta altura você deve estar se perguntando:
"Mas o que Neoqeav significa?"
Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você = "NEOQEAV"
Encontrei essa linda estória de amor na internet e decidi compartilhá-la com vocês. Talvez seja a prova de que o amor verdadeiro ainda possa existir -ou não-.
Assinar:
Postagens (Atom)