segunda-feira, 21 de março de 2011

'E também tenho medo de tornar-me adulta demais'

“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”

Clarice Lispector.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Vai ter que pensar.

Acho pensar tão correto, sabe?
Você pensa pra não fazer errado, ou porque já fez errado e quer que seja diferente dessa vez. Pensa pra ter ideias. Pensa por ter opinião. Pensa, repensa, re-repensa. Desgosta daquilo e despensa. Começa de novo. Pensa, repensa. Pensa de novo, repensa mais um pouco. Quando vê, já tá pensando em outra coisa. Volta ao pensamento anterior. Recomeça. Pensa, repensa. Pensa mais um pouco. Repensa, re-repensa, despensa. Começa a pensar que pensar é um ciclo: Pensar, repensar, re-repensar, despensar e quando vê, já tá pensando de novo.
Por isso, eu decidi deixar pra lá, não pensar. Apenas despensar, dispensar. Viver e deixar acontecer. Pensar pra que? Alguém me diz um porquê? Vai ter que pensar pra me responder. Mas continuo achando que pensar é o certo a se fazer. É só escolher. Deixar acontecer ou fazer por acontecer? Planejar ou deixar o destino se encarregar?
- De qualquer forma, vai ter que pensar.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mais um dia.

Caí na rede. Caí na lábia. Caí nos braços, nos teus braços. E por aí quero me instalar. Caio na tua malandragem. Conquista-me a cada olhar, a cada palavra dita, a cada verso escrito. E a cada nascer do sol, a cada despertar continua a me conquistar. Não vou deixar que você pare de me levar. Seja lá pra onde for, estando na tua companhia, eu quero estar.

Acorda. Desperta. Mais um dia começa a nascer.
Acorda. Alegra. Mais um dia pra gente viver.
Acorda. Lembra. Mais um dia pra me conquistar.
Acorda. Pensa. Mais um dia pra gente se AMAR.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Quando eu menos esperava.

Sabe aquela frase clichê que usamos pra tentarmos amenizar as coisas, dizendo que ‘quando menos você esperar, vai acontecer. Vai aparecer. Vai se resolver.’? Pois é. De fato, é a mais pura verdade. E nada mais gostoso do que deixar rolar, fluir. Deixar acontecer sem planejar, sem escrever o passo a passo. Simplesmente, bater. Foi o que aconteceu. Bateu. E o meu coração, desde então, pulsa forte. Tão inesperadamente. Não imaginava que o amor chegaria assim. Mas chegou. Entrou no meu coração, sem pedir licença. Apropriou-se. E eu o cultivarei, ou melhor, cultivarEMOS. E, por favor, não deixe que ele pare de pulsar forte. Não deixe que ele pare de pulsar feliz. Não saia dele. Não me abandone. Fica comigo. Eu farei de tudo pra que tudo siga bem e da melhor maneira possível, porque agora tenho uma perspectiva: permanecer ao seu lado.

Ah! E isso SÓ o início do ‘nós’.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vai e vem. Vem e vai.

E vem, e vai.
E quando vem, fica por pouco tempo.
E quando vai, demora a voltar.
E quando vem, é saudoso, é gostoso, é doído.
E quando vai, é silêncio.
E quando vem, é um pouco triste.
E quando vai, é um pouco triste também.
Embora eu não seja muito de carícias, de amores, de cheiros,
tenho respeito por mim e pelos meus sentimentos.
Esse ciclo vicioso já não me apetece mais. Ou vai, ou vem.

sábado, 7 de agosto de 2010

É, tô crescendo.

Sério, o peso da responsabilidade está começando a pesar em cima das costas da anã -que descobri que sou-, que vos fala. Sabe aquele medo de fracassar, de não conseguir ser alguém na vida? Está batendo forte, como a força de uma pedra que se joga contra a parede. Meio dramático, né? Mas é verdade, confesso! Quando a gente está na escola, no ensino fundamental, o que mais queremos é chegar logo ao ginásio, ao 2º grau. E quando finalmente chega-se lá, o que mais desejamos é terminar o ensino médio. Mas, pelo menos pra mim, no final do 3º ano, eu já comecei a entrar em crise existencial. Não sabia o que iria fazer depois dali, fiquei insegura com a responsabilidade que me esperava. E se pudesse fazer um pedido naquela hora, seria a de voltar a ser criança. Porque a nossa responsabilidade é, só e exclusivamente, aquela, a escola. Aprender, estudar e passar de ano. Coisas ali aprendidas que você leva pro resto da vida. Fora os amigos feitos, os professores que criamos maior afinidade. A saudade vem com tudo, fala sério? E eu sei, que como todas as outras, essa é só mais uma fase pela qual vou passar. É o ciclo da vida, e quem sou eu pra contrariar, néam? Bola pra frente que atrás vem gente, vem muita gente!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

'No lindo mundo da imaginação'

De repente, eu paro pra pensar. E você me vem à cabeça, como um raio que cai sobre a terra, que às vezes provoca desastres, mas em outras, só aparece e vemos aquele clarão. -Não que eu precise parar pra pensar, para que você invada os meus pensamentos. Lá é seu ponto preferido. Faz-se, SEMPRE, presente. - Imagino-me sentada, nesse mesmo lugar que aqui escrevo, quando olho pra janela e lhe vejo. Radiante, sorrindo e vindo ao meu encontro. Abro a porta. Abraçamo-nos. Nada é dito. Nada precisa ser dito. Nossos olhares se encontram em meio a lágrimas e eu entendo que você veio pra ficar. E que não entendia como conseguimos ficar tanto tempo longe. Eu respondo ao seu sorriso e, finalmente, nossos lábios se tocam delicadamente, e nossos beijos vão ficando mais intensos conforme nossos corpos vão entrando em fusão. Mas eu interrompo o beijo, em meio a um suspiro aliviado e digo: 'Pensei que não virias mais'. E você enxuga minhas lágrimas, conforta-me e responde: 'Não sei como não percebi antes que é com você que quero ficar.'

Às vezes, imagino tudo isso com um sorriso enorme nos lábios e com lágrimas nos olhos. Não me faz mal por ser apenas imaginação. Pelo contrário, conforta-me por poder ter-te nos meus sonhos. Pisciana sou! =]